As florestas de
sobreiros ocupam uma área estimada superior a 2,2 milhões de hectares na bacia
do Mediterrâneo Ocidental. Portugal, Espanha, Marrocos e Argélia detêm cerca de
90% da área de distribuição da espécie. Suportam uma ecologia única e frágil
que constitui um habitat para espécies raras ou em vias de extinção. Estão na
base de um dos 35 ecossistemas mundiais mais importantes para a conservação da
biodiversidade - equiparados a Amazónia, a savana Africana ou o Bornéu. Mais de
duzentas espécies de animais e 135 espécies de plantas encontram no montado as
condições ideais de sobrevivência. Calcula-se que todos os anos as florestas de
sobro retenham até 14 milhões de toneladas de CO2, uma ajuda
preciosa para a redução dos gases com efeito de estufa. Igualmente
surpreendente é o facto de os sobreiros aumentarem a capacidade de retenção
destes gases durante o processo de regeneração natural que sucede ao
descortiçamento - um sobreiro descortiçado fixa, em média, cinco vezes mais CO2.
Estas florestas são um dos melhores exemplos do equilíbrio entre a conservação
do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável - só o facto de nenhuma árvore
ser abatida durante o processo de extração da cortiça constitui um caso único
em termos de sustentabilidade.
Em função do
referido anteriormente, e porque num mundo em que a inovação e a ecologia devem
andar de mãos dadas, este ano letivo o Grupo de Biologia (520) em parceria com a Biblioteca, o Departamento de Línguas e o Núcleo de Projetos, no âmbito da Comemoração do Dia
Internacional das Florestas e do Dia da Poesia, organizaram, entre 21 e 28 de
março de 2014, as seguintes atividades:
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Árvore da poesia
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Workshop de demonstração de trabalhos em cortiça
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Exposição e venda de material produzido com cortiça.
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